Primeira morte por Varíola dos Macacos na África do Sul coloca Moçambique em Estado de Alerta

 

Primeira morte por Varíola dos Macacos na África do Sul coloca Moçambique em Estado de Alerta

O vírus da varíola dos macacos provocou a morte de um homem na província de Gauteng, na África do Sul, nesta segunda-feira, conforme anunciado pelo Ministro da Saúde sul-africano, Joe Phaahla.

 0
Primeira morte por Varíola dos Macacos na África do Sul coloca Moçambique em Estado de Alerta

Este incidente trouxe um alerta máximo para Moçambique, país vizinho, que está a reforçar as suas medidas de vigilância e preparação contra um potencial surto.

Em entrevista exclusiva ao TORRE.News, o Director Geral do Instituto Nacional de Saúde (INS) de Moçambique, Eduardo Samo Gudo, confirmou que o país está em estado de alerta devido à proximidade com a África do Sul e ao recente aumento do nível de risco.

"Já estávamos em alerta desde 2022, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a emergência de saúde pública devido a um surto de varíola. Com este novo caso mortal, aumentamos o nosso nível de prontidão", afirmou Samo Gudo.

Moçambique, até ao momento, possui apenas um caso registado de varíola dos macacos, datado de 2022. No entanto, o país tem vindo a fortalecer a sua capacidade de resposta, incluindo a instalação de meios laboratoriais adequados para testagem e diagnóstico rápidos.

"Os testes que realizamos frequentemente no sistema nacional de saúde têm dado resultados negativos, o que demonstra a nossa capacidade de monitorização e resposta", destacou o responsável do INS.

A situação na África do Sul é preocupante. Além da morte recente, foram registados outros cinco casos este ano, três dos quais na província de KwaZulu-Natal e dois em Gauteng.

Todos os casos foram classificados como graves, exigindo hospitalização. As autoridades de saúde sul-africanas estão em alerta, e os esforços para conter a propagação do vírus estão a ser intensificados.

Os sintomas iniciais da varíola dos macacos incluem febre, dores de cabeça, inchaço dos gânglios linfáticos, dores nas costas e musculares, que podem evoluir para erupções cutâneas características.

A transmissão do vírus ocorre principalmente através do contacto próximo com pessoas ou animais infectados, sendo possível também pelo contacto com objectos contaminados, como lençóis ou toalhas usados por pacientes infectados.

Moçambique está a tomar todas as precauções necessárias para prevenir um surto, incluindo a sensibilização da população sobre os sintomas e modos de transmissão da doença.

As autoridades de saúde recomendam que, em caso de suspeita de infecção, as pessoas procurem imediatamente atendimento médico e evitem o contacto próximo com outras pessoas para impedir a propagação do vírus.

Eduardo Samo Gudo concluiu que, apesar do risco, Moçambique está preparado para enfrentar um possível surto de varíola dos macacos, e que as medidas de prevenção e controlo são uma prioridade máxima para proteger a saúde pública do país.

Post a Comment

Postagem Anterior Próxima Postagem