Haverá tourada em Tchumene? “Touros” recebem “locomotiva” de Nampula

 

Haverá tourada em Tchumene? “Touros” recebem “locomotiva” de Nampula



A jornada deste fim-de-semana tem jogos aliciantes entre as equipas consideradas grandes do futebol moçambicano e entre aquelas que querem impor-se nesta edição do Moçambola. A Black Bulls testa a sua liderança na recepção ao Ferroviário de Nampula e há um frente-a-frente entre os Ferroviários de Nacala e de Maputo. O maior destaque será para o Baía de Pemba, que joga pela primeira vez diante do seu público, este sábado

Com o Moçambola a correr para a recta final da primeira metade, os clubes já começam a posicionar-se na tabela classificativa. Os chamados colossos vão sentindo que não são mais os grandes deste futebol e que os candidatos começam a ser muitos, num campeonato com poucas equipas.

A líder da prova, Black Bulls, tem jogo difícil este domingo, quando receber, na sua casa, o Ferroviário de Nampula. Os “touros”, habituados a dar touradas a todas as equipas do país, sabem muito bem que, diante dos “locomotivas” de Nampula, a coisa muda de figura, principalmente quando jogam em casa.

É que, nas quatro partidas anteriores entre si, a vitória sempre sorriu para a equipa que jogava fora de portas, isto é, cada uma tem duas vitórias, alcançadas fora de casa. Por isso, não há tranquilidade no seio dos “touros” que jogam em casa, apesar de continuarem invictos na prova.

Em sete jogos disputados, a Black Bulls venceu seis jogos e empatou um, na última jornada, diante do outro Ferroviário, da Beira, no Chiveve. E não vai querer sofrer a primeira derrota justamente em casa, apesar do histórico pender para isso.

Aliás, o Ferroviário de Nampula, que vem de uma vitória frente ao homónimo de Quelimane, quer reduzir a desvantagem pontual com a líder, que é de sete pontos, neste momento.

Vai ser, do resto, uma partida digna de registo e que seja uma montra para o futebol moçambicano, até porque as duas equipas contam com jogadores de renome e que buscam um lugar no panorama futebolístico moçambicano.

Ainda no domingo, há o embate entre os Ferroviários de Nacala e de Maputo, duas “locomotivas” que não ocupam a mesma linha férrea, ou seja, rivais em todos os sentidos, com a turma de Nacala a ser sempre difícil na sua casa.

Basta recordar que, em 2019, o Ferroviário de Maputo perdeu a possibilidade de lutar pelo título após empate em Nacala, na antepenúltima jornada, para perceber o grau de rivalidade. Mas vai ser nas duas vitórias da época passada que a turma de Maputo vai querer agarrar-se para não perder o caminho da temporada final, perante os adversários mais adiantados na tabela classificativa.

Ademais, é preciso regressar às vitórias, depois da derrota na jornada passada para o Costa do Sol. Curiosamente, nas últimas quatro jornadas, o Ferroviário só venceu fora de portas.

Quem também quer regressar às vitórias é outro Ferroviário, o de Quelimane, que recebe a Associação Desportiva de Vilankulo, uma equipa habituada a vencer apenas em casa. Arnaldo Ouana tem esta oportunidade para mostrar aos seus adeptos e à direcção a sua competência.

É que a turma de Quelimane, depois de ter vencido o Costa do Sol na primeira jornada, somou por derrotas todos os seis jogos disputados a posterior, e uma derrota pode significar o início da escavação da própria sepultura. O facto é que a turma de Vilankulo também não tem fama de vencer fora de portas.

 

BAÍA DE PEMBA JOGA PELA PRIMEIRA VEZ EM CASA

A jornada abre, este sábado, com duas partidas em Maputo e Pemba. É a capital de Cabo Delgado para onde as atenções estarão viradas.

É a primeira partida da turma local, o Baía, diante do seu público. Depois do brilharete nas primeiras jornadas em que venceu dois jogos, empatou dois e perdeu um, todos jogados fora de portas; a maior dúvida será saber o que é capaz de fazer esta equipa diante do seu público.

Espera-se uma enchente no Estádio Municipal de Pemba para receber um Ferroviário da Beira embalado e com os olhos ficados na liderança, ainda que esteja a quatro pontos.

Por isso mesmo, condimentos suficientes para uma excelente partida de futebol e para que os residentes de Pemba possam aliviar-se das tensões do terrorismo, assistindo a uma partida de despique improvável no desfecho.

Já o Costa do Sol, galvanizado pela vitória diante do Ferroviário de Maputo na semana passada, recebe o Ferroviário de Lichinga, curiosamente outra equipa que venceu a turma de João Chissano na sua casa (emprestada, claro está). Ou seja, as duas equipas tiveram vitórias nas últimas partidas que disputaram no Matchiki Tchilki, diante do mesmo adversário.

Desta vez, como será? Eis a questão que terá resposta depois dos 90 minutos.

 

“MILITARES” QUEREM “ATACAR” SONGO NA SEGUNDA-FEIRA

A jornada encerra segunda-feira no Complexo Desportivo de Tchumene. Em casa emprestada, o Matchedje de Maputo recebe a União Desportiva de Songo.

Os “militares”, que ocupam a penúltima posição e tem oscilado nos resultados, querem acertar, desta vez, às custas da União Desportiva de Songo. Na última jornada, fez frente ao Ferroviário de Lichinga na sua casa, empatando a um golo, depois de duas derrotas consecutivas e quer continuar a somar pontos nesta prova.

Mas vai ter pela frente uns “hidroeléctricos” que vêm dos três resultados possíveis nas últimas três jornadas, mas com a vitória da última jornada ainda a soar na barragem. Por isso, mesmo com alguma vantagem e o prognóstico a pender para o seu lado, a União Desportiva de Songo terá que provar em campo, se não quiser atrasar-se ainda mais na classificação actual.


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