MDM recusa-se a receber Presidente da Guiné-Bissau na Assembleia da República
O Movimento Democrático de Moçambique não vai participar na recepção do Presidente da Guiné-Bissau, esta quinta-feira, na Assembleia da República. O líder do partido, Lutero Simango, diz que Sissoco Embaló é um mau exemplo para a democracia e não deveria ser bem-vindo ao país.
Não merece! É a opinião do líder do Movimento Democrático de Moçambique, Lutero Simango, sobre a visita do Presidente da Guiné-Bissau à Assembleia da República. O actual terceiro maior partido da oposição no país diz que não pode sentar-se à mesma mesa com um ditador que fere todos os princípios da democracia.
“Não podemos participar na recepção de um Presidente da República que impede a existência de um parlamento. Quando um país não tem um parlamento, não se pode classificar como democrático, muito menos como um partido multipartidário que defende a existência de um Estado de Direito”, declarou à imprensa o líder do Movimento Democrático de Moçambique, Lutero Simango.
Tal como a Renamo, o MDM também condena a atribuição da Chave da Cidade de Maputo ao Presidente da Guiné-Bissau, pois, segundo este movimento político, Sissoco Embaló é o espelho da má governação.
“Não é um bom exemplo a seguir, e são esses maus exemplos que Moçambique não deve aceitar. Nós defendemos boa governação, e boa governação significa o respeito pela transparência, princípios e valores do Estado de Direito”, concluiu o político.
O Presidente guineense dissolveu o parlamento daquele país em Dezembro do ano passado, justificando a decisão com a grave crise institucional, na sequência de confrontos entre as forças de segurança. Sissoco via no parlamento o foco de desestabilização e considerou que, se não for tomada uma posição, o país voltaria a uma guerra civil orquestrada pelos deputados.
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