África do sul: Zuma diz que caso relacionado com suposta fraude eleitoral vai ser reaberto
O líder do Partido Umkhonto WeSizwe, Jacob Zuma, disse, no fim-de-semana, em Kwazulu-Natal, que o caso relacionado com a suposta fraude eleitoral, nas eleições de Maio passado, vai ser reaberto.
As declarações do antigo estadista sul-africano surgem dias depois de o Umkhonto WeSizwe ter solicitado a anulação da queixa contra a Comissão Eleitoral, a quem acusa de não ter contabilizado mais de 9 milhoes de votos, a favor do Partido.
Entretanto Zuma esclareceu que o Umkhonto WeSizwe decidiu retirar, por enquanto a queixa, porque os advogados do Partido não teriam o tempo suficiente para documentar todas as evidâncias, dentro dos prazos estabelecidos pelo Tribunal Eleitoral.
Zuma ironizou ao afirmar que as evidências eram enormes que têm o tamanho de um elefante.
O líder do Umkhontho WeSizwe não disse quando o partido equaciona reabrir o processo.
No entanto, a Comissão Eleitoral Independente submeteu um pedido para que o Tribunal Eleitoral rejeite a solicitação do Umklhonto WeSizwe de retirar a queixa contra o ógao eleitoral.
Setindo-se beliscada, a Comissão Eleitoral diz que deve ser em sede de julgamento que o Umnkhonto WeSizwe deve apresentar as supostas evidencias de que houve fraude nas eleições de Maio passado.
A Comissão Eleitoral entende que só com o julgamento do caso, o público é que terá uma imagem real da credibilidade do órgão, de certa forma posta em casusa pelas alegações do Umkhonto WeSizwe.
Analistas também sugerem que o Tribunal Eleitoral deve forçar o partido de Jacob Zuma a apresentar as provas que dis dispor, como forma de credibilizar os resultados eleitorais.
Nesta onda de contestação dos resultados das eleições de Maio, está também o Movimento Africano de Transformação, que diz ter sido prejudicado pela Comissao Eleitoral Independente.
O Movimento Africano de Transformação diz que iria prosseguir com a batalha jurídica para a reposição da verdade eleitoral, apesar do Umkhonto WeSizwe ter sinalizado que, por enquanto, desiste da queixa.
Por seu turno, o Partido Aliança Democrática, que integra o governo de unidade nacional, juntou-se ao processo para solicitar que o Tribunal Eleitoral chumbe qualquer tentativa de anulação dos resultados eleitorais e o respectivo pedido de marcação de novas eleições.
Nas últimas eleições, o Umkhonto WeSizwe fez eleger 58 deputados, entretanto já empossados. (RM Johannesburg)
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