Noruega dá 3,3 milhões de euros ao Programa para Alimentação em Moçambique
O Governo da Noruega desembolsou 3,3 milhões de euros ao Programa Mundial para a Alimentação (PMA), para o reforço dos sistemas alimentares adaptados às mudanças climáticas e a expansão dos programas de alimentação escolar no sul de Moçambique.
"Asegurança alimentar e a resiliência e adaptação climáticas são uma prioridade chave da cooperação entre a Noruega e Moçambique", afirma Haakon Gram-Johannessen, embaixador da Noruega em Moçambique, citado num comunicado do PMA, enviado à Lusa.
Em coordenação com as autoridades moçambicanas, o PMA vai apoiar 500 pequenos agricultores a diversificarem a produção agrícola e 17 mil crianças do ensino primário terão maior acesso a refeições nutritivas para melhorar a assiduidade escolar.
"A Noruega tem a honra de ser parceira de uma das agências da ONU mais confiáveis no reforço da tão necessária segurança alimentar e nutricional, incluindo programas de alimentação escolar nesta parte de Moçambique particularmente vulnerável ao clima", acrescentou.
O projeto será implementado em seis distritos das províncias de Gaza e Inhambane, sul de Moçambique.
"O objetivo do projeto é melhorar a segurança alimentar e nutricional dos pequenos agricultores e das suas famílias (...) e apoiar o acesso equitativo ao ensino básico e aos programas de alimentação escolar em áreas onde o acesso à educação é fraco devido à insegurança alimentar", indica o comunicado.
"O aumento da programação integrada de gestão dos riscos climáticos, em conjunto com o apoio ao mercado agrícola, beneficia tanto os pequenos agricultores que fornecem produtos frescos às escolas, como as crianças das escolas e as suas famílias, que receberão refeições nutritivas", reconhece Antonella D'Aprile, diretora Nacional do PMA em Moçambique, citada no documento.
A Noruega reiterou a disponibilidade no apoio a iniciativas de soluções imediatas e a longo prazo para a segurança alimentar em áreas afetadas por choques em Moçambique, com enfoque na zona norte do país, devastado por conflitos, incluindo assistência para melhorar o conhecimento e a produtividade agrícola, a promoção de ligações ao mercado, a redução das perdas pós-colheita, a melhoria da nutrição e soluções climáticas inteligentes.
Desde 2020, a Noruega contribuiu com 14 milhões de dólares (12 milhões de euros) para as operações do PMA em Moçambique.
No final de setembro, o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, apelou à preparação da população e das entidades para os previsíveis efeitos do fenómeno El Niño no país nos meses seguintes, com previsões de chuvas acima do normal e focos de seca.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas globais, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.
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