Startup prevê lançar primeiro carro voador do mundo em 2025
A era dos carros voadores pode estar mais próxima do que parece. A Alef Aeronautics, startup americana que tem como padrinho Tim Draper, um dos principais investidores da SpaceX e da Tesla, anunciou que o seu eVTOL (sigla em inglês para aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical) estará pronto para produção já em 2025.
É justamente neste ponto que o eVTOL da Alef se diferencia. De fato, o Model A, como foi batizado, se parece muito com um carro. Só de olhar, fica difícil acreditar que ele é capaz de voar.
O design ignora as hélices ou asas, que são comuns nas aeronaves concorrentes, tornando-o ideal para um deslocamento terrestre, ao mesmo tempo que também é capaz de decolar e pousar verticalmente.
Pesando apenas 850 kg, o Model A leva duas pessoas na cabine e, nas ruas, é impulsionado por quatro pequenos motores elétricos, um em cada roda. No modo terrestre, ele é capaz de atingir cerca de 56 km/h e tem alcance de aproximadamente 321 km. Por isso, a Alef está classificando-o como “o primeiro carro voador do mundo”
O Model A também tem oito hélices na frente e atrás, que são protegidas por uma estrutura de malha, permitindo assim que o ar flua pela carroceria. As hélices podem girar em direções diferentes, possibilitando que o carro voe para qualquer direção.
Quando está no ar, o eVTOL da Alef pode girar horizontalmente em seu próprio eixo. A cabine acompanha esse movimento para que o motorista – ou piloto – fique sempre virado para frente.
Durante o voo, a velocidade máxima do Model A é maior, podendo atingir até 160 km/h, porém o alcance máximo cai para 177 km.
Graças ao seu baixo peso, o veículo é caracterizado como ultraleve, entrando na mesma categoria dos carrinhos de golf, por exemplo.
Segundo o CEO da Alef, Jim Dukhovny, isso torna o processo de regulamentação do Model A muito mais fácil, abrindo possibilidade para que ele esteja pronto para voar e ser produzido até o final de 2025.
O Model A já está disponível para reservas, mediante a um sinal de U$ 150. Dukhovny comemora o sucesso até o momento.
“Até hoje, temos pouco mais de 2.850 encomendas com depósitos reduzidos, o que a torna a aeronave mais vendida da história, mais do que Boeing, Airbus, Joby Aviation e a maioria dos eVTOLs”, disse o executivo.
A ideia é que cada Model A seja vendido por US$ 300 mil, cerca de R$ 1,48 milhões. Se todos os pedidos de reservas se concretizarem, isso geraria uma receita bruta de US$ 850 milhões, mais de R$ 4 bilhões.
Para 2030, a empresa pretende expandir o seu portfólio, adicionando um sedã de quatro lugares chamado de Model Z. A ideia é que ele seja muito mais acessível, custando apenas US$ 35.000 e seja capaz de voar por mais de 482 km e de percorrer 354 km nas estradas.
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