Autoridades sul-africanas investigam origem de passaportes moçambicanos encontrados na fronteira de Lebombo
As autoridades sul-africanas dizem que estão a investigar a origem de 32 passaportes moçambicanos e dois angolanos, encontrados na posse de um individuo detido no posto fronteiriço de Lebombo, que separa Moçambique e África do Sul.
De acordo com a Autoridade sul-africana de Gestão de Fronteiras, na última segunda-feira, durante uma inspecção de rotina, no Posto de Lebombo, foi detido um individuo que trazia consigo 34 passaportes.
Para além de passaportes de cidadãos moçambicanos e angolanos, o referido individuo, cujo nome e nacionalidade não foram revelados, tinha, também, na sua posse uma quantidade não revelada de dinheiro, em meticais e em rands.
A Autoridade sul-africana de Gestão de Fronteira diz que vai indiciar o detido de posse de propriedade suspeita de roubo, enquanto decorrem investigações.
Não está posta de lado a possibilidade de agregar mais acusações ao individuo detido, como por exemplo os crimes de auxilio e cumplicidade.
O director da Autoridade de Gestão de Fronteiras, Michael Masiapato, disse a jornalistas que a sua instituição vai permanecer firme na proteção dos setenta e um pontos de entrada e a garantir a segurança de todos os cidadãos que se encontram na África do Sul.
Masiapato acrescentou que a Autoridade vai continuar a colaborar com as agencias de aplicação da lei para prevenir e combater crimes transfronteiriços.
Na semana passada, o tribunal de Barberton, na província de Mpumalanga, ordenou a deportação de 16 moçambicanas, consideradas culpadas de violar a Lei de Imigração. Elas foram sentenciadas a pagar uma multa de dois mil rands ou pena de prisão de seis meses, totalmente suspensa, por cinco anos.
Estas compatriotas faziam parte de um grupo de 41 moçambicanos detidos pelas autoridades sul-africanas, no passado dia oito, quando tentavam entrar ilegalmente na terra do rand.
Ontem estava prevista a audição dos quinze homens que integravam o grupo que caiu nas mãos da policia sul-africana. De entre os homens detidos, três são tidos como os recrutadores.
A polícia sul-africana chegou a suspeitar trata-se de um caso de tráfico humano.
O novo Ministro do Interior, do Governo de Unidade Nacional, tem colocado o fim da imigração ilegal, no topo das prioridades. (RM Johannesburg)
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