Guterres pede "combate urgente" contra violência religiosa no Mundo

 

Guterres pede "combate urgente" contra violência religiosa no Mundo

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O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, lembrou, esta quarta-feira, as pessoas e comunidades de todo o mundo que "enfrentam violência com base na religião ou nas crenças", defendendo um "combate a este flagelo com urgência".


"Devemos combater este flagelo com urgência, trabalhar em conjunto para conter a onda de ódio e promover a tolerância e o respeito", frisou o diplomata português, numa mensagem na rede social X por ocasião do Dia Internacional de Comemoração das Vítimas de Actos de Violência Baseada na Religião ou Crença, que se celebra ontem.
Guterres apelou ainda à criação de "um mundo onde todos possam viver livres do medo, do estigma e da perseguição".

Também o alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, prestou, esta quarta-feira, homenagem "às pessoas afectadas pela discriminação, intolerância, perseguição, ódio, desumanização ou violência" por questões religiosas ou de crenças.
Borrell lembrou que "o extremismo, o autoritarismo, o terrorismo e o ódio motivado por conflitos ainda não foram erradicados" e sublinhou que demasiadas pessoas no mundo, especialmente as que pertencem a minorias religiosas, enfrentam ataques nas suas comunidades e vêm os seus direitos humanos violados devido à sua fé.
"Acreditamos firmemente e apoiamos o princípio segundo o qual todas as pessoas têm direito à liberdade de pensamento, consciência, religião ou crença e de manifestar ou mudar a sua religião ou crença, sem risco de discriminação, perseguição ou violência", destacou o chefe da diplomacia da UE.
A UE condena a criminalização da apostasia e o abuso das leis sobre a blasfémia quando estas "violam o direito à liberdade de religião ou crença", vincou.
Para Bruxelas, estas leis são um "perigoso catalisador do ódio religioso" e do "incitamento à discriminação, à hostilidade ou à violência".
Borrell destacou ainda que todos os estados têm a obrigação de garantir a protecção dos direitos humanos e de exercer a "devida diligência" para prevenir, investigar e punir actos de violência contra pessoas por motivos de religião ou crença.

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