Elias Dhlakama e Juliano Picardo juntam-se a Venâncio Mondlane na corrida para a sucessão   do contestado Ossufo Momade

O antigo deputado da Assembleia Assembleia da República  pela Renamo diz, no entanto, que tem uma relação "fenomenal" com Ossufo Momade, mesmo querendo disputar a liderança da Renamo.

“Já fui candidato a presidente da Renamo no sexto congresso, em 2019. Agora volto novamente. Diz o ditado que à segunda é de vez", afirmou Juliano Picardo, anunciando nova candidatura.    

"Os militantes sabem que têm um Picardo muito humilde, um Picardo sempre disposto para formar quadros dentro do partido, um Picardo sempre em prontidão para ajudar as bases do partido", afirmou o quadro da Renamo.    

Picardo é o terceiro a mostrar vontade de concorrer para a liderança da Renamo. 

 Ainda ontem, o irmão de Afonso Dhlakama assumiu a intenção de concorrer ao cargo de presidente do partido, prometendo  "ressuscitar" os ideias da Renamo, caso seja eleito.    

Elias Dhlakama diz ainda que não receia a disputa interna da Renamo e confia na máxima que diz "o meu currículo fala por si".   Antes disso, no passado dia 12, o então cabeça-de-lista da Renamo para a cidade de Maputo, Venâncio Mondlane, anunciou que vai concorrer para a presidência da Renamo no próximo congresso daquela força política.    

O anúncio de candidaturas para um congresso sem data marcada surge no meio de uma crise interna que se instalou  após o porta-voz daquela força política, José Manteigas, declarar, este mês, que o actual presidente do partido, Ossufo Momade, é a escolha da Renamo e o único com perfil para concorrer às presidenciais deste ano, ignorando os estatutos, que preveem que o candidato deve ser eleito em congresso.